A arte cinética, conhecida também como Cinetismo, explora através das ilusões de óptica, da sobreposição de peças ou figuras apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento.
A obra necessita dos olhos do espectador para estar viva e ter sentido, e expresão, se ninguém passar diante dela, mesmo que rapidamente, nenhum movimento se produz. A Arte Cinética ficou mais conhecida logo depois da exposição Le Mouvement des Images, em Paris, 1995, que mostrou artistas que tratariam unicamente da questão do movimento nas suas obras.
Le Mouvement des Images, 1995
A primeira exposição que mostra o movimento como verdadeira preocupação com os artistas, que utiliza diretamente a denominação de "Arte Cinética". Participaram dela, artistas como Marcel Duchamp (1887-1968), Alexander Calder (1898-1976), Vasarely (1908), Jesus Raphael Soto (1923) Yaacov Agam (1928), Jean Tinguely (1925), entre outros.
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana, a priori não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio como uma brincadeira entre seus amigos, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.
"A passagem deVirgem a Noiva" (Óleo sobre tela, 1912)
Foi um escultor e artista plástico estadunidense famoso por desenvolver seus móbiles.
Trabalhava meramente com ilusões de óptica e tridimensionalidade com pinturas.
É, no entanto, o período entre 1950-60 (período Black and White) que marca definitivamente o trabalho de Vasarely, uma vez que ao introduzir pela primeira vez a sugestão de movimento sem existir movimento real, cria uma nova relação entre artista e espectador (que deixa de ser um elemento passivo para passar a interpretar livremente a imagem em quantos cenários visuais conseguir conceber).
Trabalho da fase "Black & White" Muitas das obras presentes na exposição de Curitiba podem ser consideradas peças históricas, pois fizeram parte das primeiras apresentações de arte cinética no mundo, muitas delas adquiridas por colecionadores ou para o acervo de museus, que agora a emprestaram ao museu Jeu de Paume para a montagem desta importante retrospectiva.
Agam joga com a problemática da quarta dimensão, simultaneamente com o visual, artes plásticas, e extendeu seus experimentos para aplicações nos campos da literatura, música e teoria da Arte.
Suas esculturas têm um aspecto de "máquina". Abaixo, Heureka (criado em 1964 e presente até hoje em Zurique), Méta-Maxi-Maxi Utopia, (1987, Museum Jean Tinguely, Base) e Tools85 (1985).